quinta-feira, 19 de junho de 2008

DINHEIRO, Bendito ou Maldito?

Eis aí a questão!
Dinheiro é uma das maiores causas de polêmica na vida.
Desde que somos gerados, ficamos dependentes do vil metal. Ou até antes, se formos levar em conta os fatos antecedentes.
Necessitamos dele para o nascimento, para os cuidados com o corpo, com a saúde, com a educação, os estudos, translados, moradia e assim por diante até o nosso fim. Sem nos esquecermos de que, da mesma forma como surgimos, seremos responsáveis pelo surgimento de outros seres nossos dependentes: filhos netos bisnetos e mais gerações.
Há quem dê valor demasiado e até mais do que merece ou pode ter.
Não resta a menor dúvida de que sem ele ficamos alienados, passamos necessidades e somos capazes até de comportamentos impróprios de um ser humano.
A ele devemos nosso êxito ou insucesso, associado à nossa capacidade de gerenciá-lo, gerando daí insatisfações e mais problemas.
Muitas vezes nos colocamos diante de situações em que não sabemos como tratá-lo, de "bendito" ou "maldito". Como poderemos chamar de "bendito" o dinheiro, que pode nos causar sofrimento, contrariedades, malefícios a nós mesmos e aos nossos semelhantes? Por outro lado, poderemos chamar de "maldito" também o dinheiro que vem nos salvar de situações, as mais complicadas possíveis?
Nosso egoísmo nos prende de tal forma, que não somos capazes de entrar em acordo com o nosso próprio ego? Queremos sempre mais, nunca estamos satisfeitos, nada nos limita. O vil metal nos atrai de maneira sutil, nos proporciona momentos de prazer e nos faz até esquecer de que não somos autodidactas desde o momento da nossa geração, ou até antes, pois não existiríamos se não houvesse a participação dos nossos pais. Que ele não nos dá oportunidade de gerenciar as nossas necessidades pela vida a fora. Não temos conhecimento suficiente para podermos calcular as oportunidades e os riscos. Não conhecemos os valores.
È bem verdade que sem o dinheiro as necessidades seriam bem maiores, ele auxilia, mas não é o único remédio, sem o qual seríamos totalmente impotentes. Ele não é tudo.
Há necessidade de dosarmos os prós e os contras, colocarmos limites ao seu uso e à sua medida e capacidade de resolução de problemas.
Quantas situações embaraçosas já causaram, a sua falta ou excesso?
Nos dois casos ele pode causar problemas.
A sua falta nos limita, nos poda, reduz ainda mais as possibilidades ou então nos discrimina, exclui e aliena.
O excesso nos torna arrogantes, superiores, gera inveja, causa desentendimentos, invasões, desmoronamento de famílias, destruição e até mortes.
Esse vil metal se tornou o deus dos idólatras. Um deus que tem um peso para cada prato da balança. É ele que determina o fim das questões. Alimenta a ambição. Lidera quem tem mais.
Estamos vivendo uma era em que o excesso de dinheiro é a causa de todos os crimes.
Tornou-se muito fácil ganhar dinheiro, então quanto mais se ganha, mais se quer ganhar, a luta renhida não cessa e vira uma bola de neve.
Na vida comum, na sociedade, no comércio, na política, não se faz ou fala de outra coisa que não seja dinheiro.
A mentalidade humana está condicionada sua côr, ao seu montante, à sua capacidade de aquisição. Tudo gira em torno dele.
A que fomos levados? O que será das gerações futuras? Como serão ou viverão nossos netos e bisnetos e suas gerações?
Dentro em pouco seremos levados a outras dimensões e deixaremos os problemas ou prazeres para outros, que talvez até lutem por causa deles até à morte.
O que adianta ajuntarmos tesouros a mais do que temos necessidade? Quantos têm tesouros ajuntados, só pelo prazer de tê-los? E vivem uma vida de mendigos sovinas?
De uma coisa temos certeza, daquí nada levaremos. Caixão, de pobre ou de rico, nenhum deles tem gaveta.
Nada seria melhor, se todos tivessem o suficiente para uma vida digna, com direito à satisfação das sua necessidades e prazeres, que não interferissem na vida alheia.
Lembrem-se:

"Uma vasilha não suporta mais do que a sua capacidade."
Tudo que vai além, entorna e acaba sujando à sua volta.

Será que estou com a razão?

Um comentário:

Anônimo disse...

A bem da verdade nem todos são ricos.Mas há ricos que o são por herança ou sorte e há ricos por trabalho e luta.A droga ,a preguiça são o lema de quanta gente que não sabe o que fazer da vida.Tem saúde e disposição mas é mais fácil ficar atrás da droga, da bebida e de doações pelas ruas.Não quer pegar uma vassoura.E quando não entra para a via do crime.Ou matar ou morrer.Não admite valores.Valor é ser como grandes criminosos.É ser bom no pichar paredes nos lugares mais difíceis e íngremes.E dizer: eu sou o melhor. A comodidade atrapalha muita gente que prefere ficar no bem-bão.São os acomodados.Lembro-me de um radialista e professor, nascido em Conelheiro Lafaiete e filho de um padeiro e por isso ele recebeu o apelido de Zepão e se chamava José de Souza Junior que trabalhava na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte,MG,e ele num de seus comentários dizia: pobre do professor,ele não consegue amealhar um dinheirinho para colocar uma telha sobre a cabeça.Refería-se a casa que não conseguia comprar. Seu trabalho é tão digno e compromissado com um mísero salário que não dava pra comprar sua casa.Infelizmente ainda hoje é assim.
Se tenho hoje o que tenho é porque vendia leite nas usinas para meu pai,vendia peixe que meu pai pescava,nas ruas de
Resende Costa, ia para a escola todos os dias andando seis quilômetros a pé,comia comida requentada depois das aulas,chegando em casa ainda ia candear boi junto ao rado para preparar a terra para o plantio,fui estudar em São João Del-Rei com 13 anos de idade, lutei pela vida fazendo quatro cursos superiores e alguns durante as férias e graças a Deus tenho onde mnorar e alguma coisa mais.Mas por que? Primeiro pela ajuda de Deus,sem dúvida.Mas houve um planejamento e esforço e ajuda de minha mulher.Tínhamos quase tudo mas com parcimônia e prudência.Comecei a dar aula com apenas vinte um anos ainda como estudante.Cheguei a dar cinquenta e seis aulas por semana.Não sabia o que era um almoço tranquilo durante trinta anos.Mina mulher atravessava a Avenida Afonso Penas seis vezes por dia entre ir e vir da trabalho.Deus ajuda os de boa vontade.Neste mundo há lugar para todos.Mãos na massa e preguiça para longe. E vamos à luta.jrzend