sábado, 20 de novembro de 2010

VENDE-SE TUDO.

Martha Medeiros

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe,
avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família
voltaria a morar nos Estados Unidos.
O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo
apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e
por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar,
aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse.
Sentados no chão.
O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante.
Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto.
Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam
meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha
casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma.
No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No
último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou
esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros..
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que
aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei
a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por
coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.
Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez
mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa
o tempo que estiveram presentes na minha vida...
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade.
As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio.
Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que
não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções
todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

.... só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir

DESAPEGO JÁ !

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

DEPENDE DE NÓS

A Borboleta Azul


Havia um pai que morava com suas duas jovens filhas, meninas muito curiosas e inteligentes.

Suas filhas sempre lhe faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não fazia a mínima idéia da resposta.
Como pretendia oferecer a melhor educação para suas filhas, enviou -as para passar as férias com um velho sábio que morava no alto de uma colina.
Este, por sua vez, respondia todas as perguntas sem hesitar.
Já muito impacientes com essa situação, pois constataram que o tal velho era realmente sábio, resolveram inventar uma pergunta que o sábio não saberia responder.
Passaram-se alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e exclamou para a sua irmã:
- Dessa vez o sábio não vai saber a resposta!
- O que você vai fazer? -
perguntou a outra menina.
- Tenho uma borboleta azul em minhas mãos. Vou perguntar para o sábio se a borboleta está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar para o céu. Se ele disser que ela está viva,vou apertá-la rapidamente, esmagá-la e assim matá-la. Como conseqüência, qualquer resposta que o velho nos der vai estar errada.
As duas meninas, como se vê não estavam interessadas em aprender mas...
somente desejavam diversão fácil...
Foram, então, ao encontro do sábio, que se encontrava meditando sob um eucalipto na montanha.
A menina aproximou-se e perguntou:
- Tenho aqui uma borboleta azul.
Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
- Depende de você... ela está em suas mãos.

Assim é a nossa vida,
é o nosso presente e o nosso futuro.
Não devemos culpar ninguém
porque algo deu errado.
O insucesso é apenas uma oportunidade de começar novamente com mais inteligência.
Somos nós os responsáveis por
aquilo que conquistamos ou não.
Nossa vida está em nossas mãos -
como uma borboleta azul.

(Autor Desconhecido)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A OSTRA E A PÉROLA

Posted: 25 Oct 2010 01:52 AM PDT

"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"...
As pérolas são feridas curadas, pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas?
Você já sofreu os duros golpes do preconceito?
Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola !!!
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras" Vazias, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso fala mais que mil palavras...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SABER VIVER

Autor desconhecido


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.

POR QUE INVEJAS?

Flávio Bastos

Tens na vida a oportunidade para as escolhas sensatas. Se, no entanto, direcionas a tua caminhada para os sombrios atalhos da existência, receberás em troca aquilo que mereceres.

Se o teu vizinho desfruta do conforto que tu não tens, não o invejes, mas reconhece o seu mérito e o seu empenho na conquista.

Se invejas o teu irmão pelo fato dele atrair o afeto de tua mãe, reflete a respeito desta sintonia. Nada é por acaso!

Por que invejas, se a vida é um livre caminho para o crescimento?

Por que alimentas a inveja que corrói, se podes gerar o amor que constrói e glorifica?

Desperta para a energia do bem que humaniza e harmoniza as relações, e transforma a tua prova em um fardo menos pesado de carregar...

Pacifica o teu espírito! Nunca é tarde para a mudança interior quando a vontade torna-se uma força consciente, e a perseverança, uma fortaleza.

Lembra-te que por trás da energia que alimenta a inveja, crimes bárbaros foram cometidos. Genocídios mancharam de sangue a história da humanidade. Traições geraram vingança e o ódio reinou absoluto em tempos de trevas.

Não queira ser um herdeiro das sombras, mas um guerreiro da luz. Ilumina o teu próprio caminho com a energia do bem que encontra-se em ti mesmo.

O terceiro milênio está aí. Sinta a sua energia a iluminar as descobertas, as invenções. A intuir o homem que é chegado o momento da decisão: transformar-se gradualmente ou permanecer em seu mundo egoísta e limitado.

Tu decides! A fase de transição já acontece. Os mensageiros do Alto alertam que deves levar a sério esta mudança, pois ela acompanha um ciclo natural programado para a vibração do teu planeta.

Meu irmão, erradica de ti a energia da inveja e retoma o caminho do crescimento que deixaste para trás. O resto, confia, que a luz te orientará pelo milênio das transformações.