sábado, 27 de dezembro de 2008

SOLIDARIEDADE.

(POR ESTA EU NÃO ESPERAVA)

Acabo de chegar em casa. Sábado à tarde, tentei ir à missa mas, por incrível que pareça, fora cancelada a missa das 18:00 horas do sábado por ser fim de ano e início da temporada de verão.
Não haveria participantes o bastante que justificasse o ato? Não cabe a mim julgar.
Retornando à casa, lembrei-me de ir até à padaria. Com a sacola de pães nas mãos, rumei finalmente à minha casa. Caia uma chuva fina mas persistente e fria.
Poucos passos além da padaria, percebi uma senhora, sentada à soleira de uma loja, sob uma marquise, que comia com satisfação algo que ganhara de alguém; certamente uma sobra de ceia de Natal.
Seguia meu caminho sem dar-me a perceber que a via comendo na rua.
Ao passar por ela percebi que me dizia algo que não pude entender.
Dirigindo-me a ela , perguntei-lhe o que me havia dito.
Par minha grande surpresa, ela me disse
- "Estou comendo um pedaço de frango com arroz e farofa, o senhor aceita? Uma dona me deu e está muito gostoso!"
Senti a adrenalina se espalhar por todo o meu corpo; quase me faltou a voz.
Delicadamente agradeci de coração e lhe desejei um bom proveito daquilo que lhe matava a fome.
Acaso deveria lhe perguntar algo sobre o seu Natal? Seria um ascinte.
Não sei por que, me veio uma vontade enorme de convidá-la para vir até a minha casa e dar-lhe ainda mais algo, mas acreditei que seria até uma falta de caridade tirá-la daquele estado de satisfação, ou que fosse talvez uma humilhação, mostrando-lhe que eu tivera também uma ceia de Natal.
*Subitamente voltei no tempo e me coloquei diante da árvore de presentes de nossa família na noite de Natal.
Antes de distribuir os presentes, pedi a atenção dos que ali se encontravam e sugeri que, simbolicamente, tomássemos um envelope branco, cada um colocasse dentro dele o seu coração e o ofertasse primeiro ao Aniversariante do dia.
Assim foi feito e em seguida nos abraçamos e distribuídos os mimos.
Ao nos aproximarmos da mesa onde estava a ceia, lembrei-me ainda que, por motivo das últimas enchentes dos rios Paraíba do Sul, Muriaé, Lagoa de Cima e Lagoa Feia, muitas e muitas famílias foram recolhidas em abrigos, depois de perderem tudo o que possuíam em suas casas, além de familiares mortos nas enchentes. Não tinham eles sequer o que comemorar e nós diante de uma mesa farta.
Não tínhamos ninguém realmente necessitado para dividirmos nossa ceia e a chuva caia la fora.
Mesmo assim, comemos e bebemos do que tínhamos, muito satisfeitos e sem exageiros.*

Voltando ao tempo real, pude perceber a verdadeira solidariedade; uma simples e humilde mulher, mesmo não tendo a ceia e ganhando as sobras, fazia questão de que mais alguém participasse da sua alegria.
Isto ficou na minha mente e então resolvi dividir com alguém.
Quantos "EPULÕES" se esbaldam na sua riqueza e nem se importam com os que, à porta, aguardam as migalhas que caem da mesa.
Uma lição me foi passada: "Os menos favorecidos são mais solidários com o próximo que os bem aventurados".
Quando menos se espera uma lição nos é dada. Cabe a nós tirarmos proveito ou não.

domingo, 7 de dezembro de 2008

VELHOS TEMPOS

Texto retirado do jornal "www.gazetadesaojoaodelrei.com.br" em 06/121/2008,
de autoria de Jota D'ângelo.

No Brasil, a impunidade anda a passos largos. Os exemplos são conhecidos. Alguns delitos prescrevem antes de irem a julgamento. Juízes protelam processos. Advogados espertos usam da infinidade de recursos do processo penal para adiar sine die a sentença que talvez, eu disse talvez, condenasse o suposto réu. O jornalista assassino do jornal Estado de S.Paulo, condenado a 19 anos de cadeia, ainda não ficou atrás das grades um único dia. Criminosos que usaram da barbárie nos seus delitos, os tais crimes hediondos, são colocados em liberdade depois de cumprirem um sexto da pena. As sentenças, quando existem, se acumulam, mas ninguém, por lei, pode ficar mais de 30 anos na cadeia. E nunca se ouviu dizer que alguém tivesse ficado lá por este tempo. Há crimes que não são tolerados nem mesmo pelos assassinos, como, por exemplo, o estupro ou o sacrifício de crianças. Talvez seja interessante transcrever uma sentença transitada em julgado em 1833, na Província de Sergipe, conservando-se a ortografia da época:

"O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant´Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria coisa que não se pode trazer a lume, e como ela recuzasse, o dito cabra abrafolou-se della, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará.
Elle não conseguiu matrimonio porque ella gritou e veio em amparo della Nocreto Correa e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante. Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.

CONSIDERO:

QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ela e fazer chumbregâncias, coisas que só o marido della competia conxambrar, porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;

QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que diz também fazer conxambranças com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;

QUE Manoel Duda é um sujeito perigoso e que não tiver cousa que atenue a perigança delle, amanhan está metendo medo até nos homens;

CONDENO:
O cabra Manoel Duda, pelo malefício que fez à mulher de Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE. A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa.

Nomeio carrasco o carcereiro.

Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.

Manoel Fernandes dos Santos
Juiz de Direito da Villa de Porto da Folha, Sergipe, 15 de outubro de 1833

Esse sim, era um juiz "MACHO"
Assim poderemos diminuir os crimes de hoje em dia!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

SLIDESHOW

Recebí este texto por e-mail da amiga "Ipiacenza" e estou repassando

"Tio Sam,
É um texto forte da qual a mídia não gosta de enfatizar.
Isabel"



Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.

Dói ler isso:
"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em
Bogotá, sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se
sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o
problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em
nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que
sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da
cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa)
para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e
investidores.
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs
e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar o tapa e
afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
O nosso almoço tá garantido mesmo..."

PENSAMENTO:

"Boa Terra em teus pés, Água o bastante em tua semente, bom Vento para
o teu sopro, Fogo em teu coração e muito Amor em teu ser."
(Jean-Yves Leloup )

"AME AS PESSOAS, USE AS COISAS"!
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ADIANTA PERGUNTAR?

DE QUEM É A CULPA?

Há certas coisas que acontecem e que nós ficamos na dúvida se vale a pena procurar saber o culpado e qual a punição.
Infelizmente, nesse nosso pais, a irresponsabilidade é total. Há tempos atrás, houve um despejo de material poluente, pela Empresa Cataguazes de papeis, no rio Pomba e rio Paraíba do sul, causando a interrupção do fornecimento de água a tantas cidades, quantas são banhadas pelos citados rios, desde Cataguazes até o Pontal de Atafona, além de uma mortandade de peixes. Provocou alteração do eco sistema, dos costumes das pessoas e dos órgãos públicos, além de sérios prejuízos.
Que medidas que foram tomadas? Em que resultou esse acidente? Quais os culpados?
Agora, mais uma vez, acontece outro acidente de maiores proporções, causado por uma empresa de fabricação de pesticidas de Resende- RJ, que derramou nas águas do já tão poluído e sofrido Paraíba do Sul, aproximadamente vinte mil litros de um veneno fortíssimo, que, diluído nas águas, matou mais de cinquenta toneladas de peixes, das mais variadas espécies e tamanhos, que passaram boiando nas águas do mesmo rio, até a sua foz no Pontal de Atafona em São João da Barra, além de mais uma vez interromper a captação de água para abastecer a população.
As areias das praias próximas à foz do Paraíba ficaram cobertas de peixes mortos, inclusive um golfinho de um metro e vinte centímetros, e sessenta quilos de peso, além de milhares de camarões, que estão na sua época de desova.
E os mangues, como ficaram? Eles que são o berçário da fauna fluvial e marinha.
A indignação dos pescadores e habitantes das regiões ribeirinhas, que presenciaram o fato, não foi sequer noticiado na mídia nacional.
Até parece que as redes de televisão levaram vantagem em não noticiar tal acontecimento. Conhecimento tiveram, mas fica aí uma dúvida, por que não divulgaram?
Ou será que já não têm importância tais crimes? A impunidade impera em nosso país?
Quem tomará as providencias?
Temos que admitir, Arnaldo Jabor tem razão quando diz: "SOMOS UM PAÍS DE BANANAS"
Perfeitos cordeiros que aceitam tudo sem a menor reclamação.
Quando é que vamos criar vergonha e exigir das autoridades, competentes ou incompetentes, que tomem as providências e medidas necessárias para coibir tais abusos?
Aí está o meu indignado grito de socorro.

Creio que só mesmo gritando: "QUEM PODERÁ NOS AJUDAR?"

Será, porventura, o famoso "CHAPOLIN COLORADO?"

Como diz o BORIS, "ISTO É UMA VERGONHA"

ACORDA BRASIL!!!

SOMOS UM PAÍS DE DESONESTOS, À PROCURA DE UM GOVERNO HONESTO!