quinta-feira, 15 de maio de 2008

DIREITOS X OBRIGAÇÕES

Este é um dilema com o qual nos deparamos muitas vezes no cotidiano.
A maioria pensa sempre nos seus direitos. Ou então, o idoso ou o deficiente tem diretio a isso ou àquilo. Tenho direito de ser bem atendido. Tenho direito de receber tanto ou quanto pelo meu serviço.
Muito bem. Todos têm direito de ter razão, mas sempre se esquecem de que, antes do direito vem a obrigação.
- Não; diz um, a obrigação é do governo, é da empresa, é dos mais jovens, é desse ou daquele.
A nossa falta de humildade, nosso egoismo, é que nos cegam; nos impedem de pensar em comunidade. Nós também somos responsáveis.
Não vivemos sós. Dependemos sempre e em todas as ocasiões de um semelhante, ou até mesmo de um diferente, para completarmos nosso desejo, nossa missão, nosso direito, nossa obrigação ou até mesmo para seguirmos a vida.
Ninguem vive por sí só. Há sempre um outro alguém.
Porventura você é produto independente? Não necessitou do seu pai ou da sua mãe nem para nascer?
Alimentou-se e desenvolveu-se por sí só? Vosê é auto didata?
Diante de tal pensamento, devemos sempre nos lembrar de que antes do direito, vem sempre uma obrigação.
Se eu não cumpro minhas obrigações, por menores que elas sejam, como posso reclamar os direitos a elas relacionados?
Aí vem o exemplo da balança. Ela pesa com o mesmo peso para os dois lados, tanto para o vendedor quanto para o comprador.
Como é que posso exigir meus direitos se não cumpro minhas obrigações? Esquisito não é?
A razão dese artigo, aconteceu hoje, quando fui à rodoviária Dr Roberto Silveira em Campos e pretendia embarcar em um ônibus par a ir à Praia do Farol de Saõ Tomé.
Informado no guichê da Empresa Progresso que o próximo horário para o meu destino seria as 9:00 (nove horas), aguardei até o horário em que a condução deveria estar a postos.
Como isto não aconteceu, voltei ao guichê e então o atendente me disse que, devido a um probleminha na pista, estava cancelada a partida daquele horário.
Inconformado, fui até ao setor responsável e fiz uma reclamação por escrito.
Ao retornar ao pátio de embarque, notei que outras pessoas também aguardavam a referida condução e lhes perguntei o motivo da espera, pois já sabiam que o horário havia sido cancelado. Todos estavam indignados. Então perguntei: - Vocês já fizeram alguma reclamação?
-Não foi a resposta.
Ora, como é que eles querem corrigir um erro se ninguém reclama dele?
Como querem seus direitos conservados, se ninguém toma as primeiras providências para que o mal seja sanado?
Isto é obrigação de quem é lesado. Reclamar também é "OBRIGAÇÃO"
Portanto, se você quer ter seus "DIREITOS" respeitados, cumpra antes as suas OBRIGAÇÕES".

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá Sergio,
Primeiramente, parabens pelo seu blog, as materias que voce postou são muito interessantes.
Esta em especial me chamou atenção, e concordo com tudo que foi dito. É facil exigirmos nossos direitos, sem ao menos olhar o proximo e vermos se podemos fazer algo por ele. Todos temos direitos e obrigações e temos que ter consciencia de como colocaremos isso em pratica.

Um abraço,
Thais Paiva.

Anônimo disse...

Certa vez me deparei com o seguinte: num supermercado constava num dos caixas: para grávidas,deficientes,idosos de 65 anos e mais...e simpolesmente na fila havia cinco pessoas de mais ou menos 20,25,30 35 e 45 anos.Foi falado para o Caixa( uma menina): voce não está cumprindo o que está escrito na tabuleta acima.Ela semplesmente respondeu: já falei com o Supervisor e ele não tomou providência.E ela como caixa o que estaria fazendo ali?Iria esperar que o dono do supercado viesse solucionar o problema? Geralmente as pessoas que devem tomar providencias se furtam ao trabalho para se verem mais livres de serem mal vistas.

Anônimo disse...

Há ocasiões em que o direito se sobrepõe às obrigações, principalmente se o direito beneficia a um e as obrigações cabem a outros. Como no comentário acima, o direito era de um e a obrigação era de outro. Cabia ao idoso, simplesmente se apresentar ao caixa, imediatamente depois da pessoa que estivesase sendo atendida, e os que estivessem na fila deveriam dar a vez a ele.
O caixa poderia atender outras pessoas, desde que na fila não houvesse os preferenciais.