domingo, 9 de novembro de 2008

UMA MERCEDEZ E UMA TIJOLADA

Numa determinada manhã de domingo, um rico industrial passeava tranquilamente em sua linda "mercedez" prata conversível e resolveu aproveitar a estrada reta e sem movimento para dar uma ligeira esticada no carrão. Desenferrujar as engrenagens e massagear e Ego.
De repente ouve um estrondo de batida na porta da sua "mercedez". Parou, desceu e pode verificar um enorme amassado na porta, devido a pancada de um tijolo que fora arremessado contra ela.
Indignado com aquilo, procurou a causa daquele acidente. Alguns metros atrás encontrou um menino com as mãos sujas e chorando, que seria o autor da tragédia.
Perguntado o porque daquela atitude, o menino respondeu que, depois de tantas tentativas de conseguir ajuda, aquela fora a única maneira pela qual poderia ser atendido por alguém que passasse por ali.
Seu irmão havia sofrido um acidente e estava caído com sua cadeira de rodas numa barranceira ao lado da estrada, estava com fraturas e ele não tinha força necessária para resgatá-lo e ninguém parava para lhe dar ajuda.
Diante daquela figura inocente e desesperada, com o intuito de socorrer o irmão, o rico industrial reconheceu que também para ele e por meio daquela estratégia, havia chegado a oportunidade de reconhecer o seu egoísmo.
Desceu o barranco, resgatou o rapaz paraplégico, limpou-lhe as feridas, providenciou os primeiros socorros e o encaminhou junto com o menino seu irmão à sua casa.
Quanto ao amassado na porta do carro, fez questão de conservá-lo para que servisse de lição.
Aquela fora a maneira de chamar sua atenção.
Muitas vezes seguimos a vida olhando só para frente, apegados unicamente aos bens materiais, sem nos atermos que, bem ao nosso lado, alguém necessitado nos pede socorro.
Não somos o centro do universo e muito menos perfeitos. Não somos completos e independentes de tudo, também nós temos nossas necessidades e precisamos também dos menos favorecidos.
Então, por que não nos conscientizarmos da nossa insignificância?

Obs.: Não sou o autor. Ouví, achei muitíssimo interessante e repasso a todos os leitores.

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